
Quanto ganha uma assistente virtual em portugal?
A carreira de assistente virtual (AV) em Portugal tem despertado interesse pela sua promessa de flexibilidade, liberdade e potencial de crescimento. Neste artigo, queremos explorar realisticamente quanto ganha uma assistente virtual, sem promessas irrealistas – apenas fatos e números claros.
O que faz uma assistente virtual?
Antes de mergulharmos nos números, é importante compreender o que é uma Assistente Virtual. Na sua definição, uma assistente virtual é alguém que presta suporte remoto a empreendedores, pequenas empresas, freelancers e criadores de conteúdo. As suas tarefas podem ser maioritariamente administrativas e financeiras (como apoio ao cliente, gestão de agenda ou gestão de pagamentos) ou relacionadas com marketing digital (como gestão de redes, criação de conteúdo de blog ou criação de newsletters).
Como é que uma av ganha dinheiro?
Uma assistente virtual pode vender os seus serviços por hora ou por tarefa.
Quando uma assistente virtual cobra por hora, tal como o próprio nome indica, está a vender diretamente a sua hora. Neste caso, o cliente cobra um pacote de horas do tempo da assistente virtual (um pacote de 10 horas, um pacote de 20 horas, um pacote de 30 horas) e esse tempo é gasto em tarefas pré-definidas, num período acordado por ambos. Normalmente, o pacote de horas deve ser utilizado durante 30 dias.
Já como o próprio nome indica, quando uma assistente virtual vende os seus serviços por tarefa, está a precificar projetos, ou seja a cobrar um valor específico para executar uma tarefa ou conjunto de tarefas. Por exemplo, a gestão de redes pode ser vendida desta forma. O mesmo acontece para um serviço de criação de website.
Em relações mais duradouras com clientes, o habitual é que a assistente virtual trabalhe em regime de avença mensal. Ou seja, mensalmente, a assistente virtual tem uma responsabilidade para com o cliente, seja de horas, seja de tarefas. Ou seja, a assistente virtual pode ser contratada para fazer gestão de redes mensal no negócio do cliente ou pode ser contratada para fazer 30 horas de trabalho no negócio do cliente.
Quanto ganha uma assistente virtual em Portugal?
Antes de mais, é importante referir que vender serviços por hora é o mais “ingrato” para uma assistente virtual. É que à medida que a profissional vai ganhando experiência, vai fazendo as tarefas mais rapidamente. Isso significa que, após dois ou três meses a trabalhar numa tarefa, ela vai fazê-la mais rapidamente e, consequentemente, ganhar menos por isso.
No entanto, numa primeira fase, quando a assistente virtual não tem portfólio, os pacotes de horas podem ser importantes para arrancar, já que permitem que o cliente “experimente” o trabalho com uma AV sem um grande compromisso inicial.
Posto isto, vamos fazer “contas” utilizando pacotes de horas, referenciando aquele que será o “pior” cenário para uma assistente virtual.
Atualmente, o preço médio de hora de uma assistente virtual está entre os 12€ e os 15€. Vamos imaginar que a assistente virtual não tem experiência e pretende começar abaixo deste valor, cobrando apenas 10€ por hora.
Isto significaria que, trabalhando 40 horas semanais (o cenário “típico de trabalho a full time em Portugal), a assistente virtual ganharia 400€ por semana. 400€ x 4 semanas = 1600€ mensais.
Neste momento, o ordenado mínimo em Portugal são 820€, o que significa que, para ganhar este valor, a assistente virtual só precisa de trabalhar 70 horas mensais. O melhor de tudo, é que pode fazê-lo a partir de casa e com liberdade de horários.
QUE IMPOSTOS TEM DE PAGAR UMA assistente virtual NO SEU PRIMEIRO ANO DE TRABALHO?
É importante referir que uma assistente virtual é trabalhadora independente e passa recibos verdes aos seus clientes, pelo que terá obviamente de pagar impostos relativos ao seu negócio.
Como trabalhadora independente, a assistente virtual tem de suportar três impostos:
- Segurança Social
- IVA
- Retenção na fonte
Mas há boas notícias: se a assistente virtual nunca abriu atividade, pode usufruir de um ano de isenção de pagamento de Segurança Social. Enquanto não faturar acima dos 14.500€ anuais, também não estará no enquadramento de IVA e não será obrigada a fazer retenções na fonte. Na prática, isto significa que, num primeiro ano, os impostos serão praticamente inexistentes.
Após os 14.500€ de faturação anual, a assistente virtual será obrigada a cobrar IVA aos seus clientes e a fazer retenção na fonte, no entanto, nessa fase, também já terá a experiência que lhe permitirá aumentar os seus preços e, assim, cobrir facilmente estas despesas.
Se quiseres mais informações sobre este assunto, recomendo-te que leias este guia.
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Ser assistente virtual em Portugal apresenta uma oportunidade atraente de carreira com potencial de liberdade financeira e flexibilidade. Enquanto este artigo proporciona uma visão realista de quanto ganha uma assistente virtual, também sublinha o significativo potencial de crescimento na profissão.